quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Virgínia a lata parte 60


Barriga de tanquinho muito bonita
 Pronto! Cassandra iria realizar a sua última palestra do ano.Levou o jornalista, ajudante do dr Paulito Galvonez para assuntos futebolísticos e também muito amostrado, o bonitão Maricarlos  Terceiro.


As dançarinas e a vivacidade da juventude
 
Cassandra estava deslumbrante nesta noite e iria falar sobre as dançarinas do Cancan, o Moulin Rouge e da plástica dos abdomens sarados dos garotos de Copacabana. Eita!Cassandra se superou desta vez.
A noite estava animada. Todos em pé, muitos jovens queriam conferir de perto as palavras sábias da dra Cassandrona.
Maricarlos foi acompanhado pelo filho da dra, o bonito, musculoso , peito de pombo e futuro engenheiro do saneamento básico, Malvino Cassandra.Eita!
Agora era sentar e ver qual dos dois se amostraria mais.
Maricarlos, todo saliente sorria, levantava a blusa e dizia: - Olha a minha barriga, olha a minha barriga.Eita!
Malvino carregava em seu bolso toda a sua série de musculação e gritava: - a minha é melhor, a minha é mais bonita!E dizia de cor toda a sua série.
Pronto! Agora Cassandra tinha que levantar a sua blusa também. Era um amostramento total e todos sorriam, principalmente Terceiro que foi elogiadíssimo pela performance no palco. Eita!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Virgínia e a lata parte 58


Sophia Loren era o próprio campo de girassóis

 Pronto!Durante a palestra de dra Cassandra Violeta sobre as flores, o girassol e o tempo, a lutadora de luta livre, bela, russa , jornalista e toda mordida por não sei quem, Alineieveta Mouravichi também comentou:
- sou mulher que nasceu prá ganhar girassóis. Cassandra falava sobre o filme Os girassóis da Russia.Lembrava a performance de Sophia Loren e da bela fotografia dos campos de girassóis.E Alineieveta recordava Rainer Maria Rilke:

"Tapa-me os olhos: ainda posso ver-te



Tapa-me os ouvidos: ainda posso ouvir-te


E mesmo sem pés posso ir para ti


E mesmo sem boca posso invocar-te.


Arranca-me os braços: ainda posso apertar-te


Com meu coração como com a minha mão


Arranca-me o coração: e meu cérebro palpitará


E mesmo se me puseres fogo ao cérebro


Ainda hei de levar-te em meu sangue.”

Eita! A lutadora também era cosmopolita! E muito!


Virgínia e a lata parte 57

Pronto. Agora dra Cassandra Violeta, mulher da alta roda da sociedade, já tinha a fórmula do desfazemento da poção do amor de Carabino. -Tome tudo, tome tudo, dizia a doutora e letrada, Cassa Violeta. Carabino aceitou . E a dra continuava: -Agora só falta o encontro com Dores e assim então vc conseguirá escrever na escritura de Malvino o nome verdadeiro do rapaz: Malvino Cassandro.Sim, porque Malvino só poderia se casar com o nome de cabra homem. Se Virgínia tivesse ciência que o nome era Malvino Cassandra jamais iria desposar com o futuro engenheiro do saneamento básico.Eita!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Virgínia e a lata parte 56

A palestra da dra Cassandra se tornava cada vez mais concorrida. Desta vez a nutricionista loira, alta, cabelereira, amostrada e  cosmopolita havia matutado e muito na noite anterior sobre o tema que iria discutir.Desta vez pensou: - Vou falar sobre a capacidade em decilítros dos alambiques de bronze do século XX.
Durante a palestra haveria uma pequena interrupção.O time da dra entraria em campo para mais uma semi-final.Pronto! Cassandra providenciou camisas, bolo e decoração com o motivo do time.
Dra Violeta começou a falar sobre as bebidas interessantes dentro do alambique de bronze e seus efeitos devastadores. Desta vez o médico e estudante da língua espanhola, dr.Paulito Galvonez foi acompanhado pelo jornalista, dj e intérprete para assuntos futebolísticos, Maricarlos Terceiro. Maricarlos selecionava as músicas, porém, a noite foi regada ao som do freak le bumbum.Eita! Teve uma hora que a própria Cassandra balançava até a alma.
A bela espanhola, sindicalista e moça direita, Claudita Esperanza Eleonora também foi.
A jornallista, comedora de pipoca e torcedora do time de dra Cassa, Rosalita Rangelita também estava lá.
Cassandra parecia distraída com aquela falação toda.  Pronto! Acabou-se a palestra. Cassandra dizia: - O importante é a prática, o importante é a prática. Começou a beber e assitir ao  jogo.Mulher cosmopolita!Agora Salomaleviski repetia: -O que importa é a prática.Eita! Todo mundo animado.
A retratista também foi.Tirou meia dúzia de chapas e parou.Também se animou com a prática da dra Cassandra Violeta e perguntava:
Você é feliz? Não espalhe, já que tanta gente se sente agredida com isso. Mas também não se culpe, porque felicidade é bem diferente do que ser linda, rica, simpática e aquela coisa toda. Felicidade, se eu não estiver muito enganada, é ter noção da precariedade da vida, é estar consciente de que nada é fácil, é tirar algum proveito do sofrimento, é não se exigir de forma desumana e, apesar disso tudo, conseguir ter um prazer quase indecente em estar vivo.


(Martha Medeiros)



A LUTADORA ALINEIEVETA CARREGAVA SEU ALAMBIQUE DE BRONZE PARA ONDE QUER QUE FOSSE. EITA!


MEDIDOR DE PALAVRAS AO VENTO.PUTZ!
 Pronto!A belíssima lutadora de luta livre, jornalista e colecionadora de alambiques e também russa, Alinieveta Mouravitchi também compareceu ao evento dançante na casa da nutricionista,engenheira, eelaboradora das fórmulas das substâncias voláteis, cabelereira e  palestrante, Cassandra Violeta. Alinieveta dizia em bom e alto tom:
- Acabei de quebrar a unha, tenho um corte no braço, meu pé esquerdo tá inchado e ainda levei uma mordida não sei de quem.
Eita!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Virgínia e a lata parte 55

NEM CAFÉ NEM VODKA. AS DUAS FORAM JOGAR FUTEBOL NA PRAIA. PRONTO!
Pronto! A amiga russa, jornalista e bebedora de café, Glaucivietichi Goubarova convidara Cassandra Violeta para um pequeno encontro no final do expediente do consultório de Cassandrão. Goubarova dizia: - Vamos chamar nossa amiga dançarina do ventre,corredora de maratona e também jornalista Suzanette Medeiros de Anne para nos acompanhar neste momento cafezal. Pediremos dois cafezes. Eita!Glaucievitichi também gostava de falar de forma difícil para mostrar a sua habilidade com a língua portuguesa. Eita! Cassandra pensava: - Beber café? Não quero.
Cassandra estava na fase de experimentar bebidas mais fortes. Dizia: - Quero vodka! Só sairei pra beber vodkas. Eita! Cosmopolita!

Virgínia e a lata parte 54

A ELOQUENCIA DE MATA FUEGO ERA DEMAIS



MATA FUEGO : A MULHER DA CABEÇA PENSANTE
Pronto!Agora Cassandra Violeta se recordava ds bons dias que tivera enquanto jovem. Agradecia a boa chegada de amigos à América do Norte e contava-lhes em segredo que após 4 anos começara a cozinhar os almoços do dr. Romero Ricardo.
-Agora, após 4 anos,quem cozinha sou eu.
Cassandra preparava uma massa com legumes bastante temperados com azeite espanhol, molhos e iguarias.Ela sempre dava um toque especial no sabor dos seus pratos. Não era uma chef de cozinha.Jamais seria!
Jamais ganharia a vida no fogão devido à sua aproximação com os animais,
Dra Cassa quando corria pelas ruas ou parques sempre admirava e se  contentava com a alegria das crianças, dos animais e dos velhinhos. Quanto eles a alegravam!
Jamais poderia ser uma mulher triste. Acordava com o sol batendo em seus cabelos,com  assanhamento dos cabelos da pequena Violetinha Ricarda e seus deliciosos beijos no nariz,com o amor de Pancho Villa e Agatha Manço.Não era irremediavelmente uma mulher só. Era inevitavelmente uma mulher feliz. Com dr.Romero Ricardo, o grande aperfeiçoador das teorias das grandes feministas do século passado conhecera o amor. Tão doloroso quanto valioso.
Cassa agora lembrava do dia em que Virgínia lhe entregara sua lata.Sentou-se com a famosa escritora loira de cabelos arrepiados e sempre loira, Mata Fuego, uma mulher com um rigor nas palavras e fervor na oratória. Quando Mata falava parecia que seu cérebro borbulhava. Sua pele branca e suave iluminava todo o recinto.Parecia que todo pensamento fervia por dentro. Cosmopolita! Mata agora gostava de ser acompanhada pelo belo e muito belo artista plástico, ator e ajudante nos palcos dos amostramentos de Cassandra, Don Diego de La Mancha...
Pronto! Cassandra abriu a lata.Virgínia precisava se libertar;precisava desapegar-se. Entregou a lata à Cassandrona e disse:
-Vou partir.Transformar-me-ei na maior estrela de cinema de todos os tempos.
Virgínia não mentiu. Eita!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Virgínia e a lata parte 52

Pronto! Desta vez Cassandra Violeta pensava: Mata Fuego encontra-se apaixonada. Desde que avistou os olhos negros da belga Blanche Moranne, nunca mais sentou-se à mesa. Tinha medo. Lembrava Florbela Espanca. "Meus olhos andam cegos de te ver! Não és sequer razão do meu viver..." Lembrava o tempo em que se permitia amar. Hoje, não. Eita!
O MAR E O ATALHO PARA OS VENTOS TACITURNOS
 Para que tu me adivinhes, entre os ventos taciturnos, apago meus pensamentos, ponho vestidos noturnos, - que amargamente inventei. Cecilia Meireles

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Virgínia e a lata parte 51

Pronto! Agora Cassandra queria falar sobre o mel existente dentro do caroço da ameixa seca. Durante a palestra, ressaltou as propriedades medicinais, o aspecto estético do caroço aberto e o sabor. Eita! O Dr. Paulito Galvonez também foi. Médico, amigo de Maricarlos Terceiro e agora estudante da língua espanhola,Galvonez só queria se amostrar em espanhol. E dizia: Per favore, per favore, me digue lá verdad.Com quantos carocitos noi fazemo ló suco? Putz!E continuava: El coche, joi quiero comprare um cochito com a finalidad de passeare com mi perro(cachorro).Joi no estar sin padre, ni madre, ni perro que ladre(ser um cão sem dono).
Cassandra não se fazia de rogada e dizia para o médico Paulito: quería que tu traduzisse lo siguiente en espanhol: "você é sacana pra caralho, vai ser sacana assim na casa da mãe joana, é de fuder, viu?
Sin saber del idioma demasiado,Paulito respondia: mi traducción sería la siguiente: "eres una cabrona de cojones, vas a ser cabrona así en un prostíbulo, éres de se fuder.
PRA AGUENTAR CASSANDRA COM AQUELE
 PALAVRIADO TODO, SÓ JOGANDO FUTEBOL
"No es muy bonito vocabulario jeje, pero obrigada por adelantado por las sugerencias." Cassandra respondia à altura.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Virginia e a lata parte 50

Evanita se distraiu com a bebida e se esqueceu de fotografar

                       
Pronto! Bonga de Morning, mulher do ramo da construção civil e dançarina do conga durante os intervalos de trabalho e também  irmã de Bebeza de Morning finalmente conheceu Cassandra Violeta em evento para discutir a importância do assombro e dos trajes dramáticos para o teatro moderno. Bonga ficou impressionada com a seriedade de  Cassandra. Mielita, a nutricionista, cortadora de cabelos, lavadora de calçadas de salão de beleza e amiga de dra Cassa também foi. Evanita, a retratista foi convidada para tirar retratos. Durante o intervalo da apresentação, Bonga começou a ensinar a Cassandra os passos da conga la conga. Pronto! Agora era Mielita, Bebeza de Morning, Bonga e Cassandra dançando em pleno salão. Cassandra gritava: Aumenta este som, aumenta este som. Nesta altura do campeonato, a retratista já tava era dormindo no sofá do evento. Bebeu todas. Eita!









quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Cassandra e a lata parte 49


 O teatro e a substância volátil
 Cassandra, quando mais jovem, era uma mulher seriíssima. Respeitada no mundo acadêmico e na Escola Tradicional e Conservadora de Engenharia Química. Daí o desejo de Malvino de ser engenheiro do saneamento básico. Pronto! Na faculdade, Cassandrona era tida como a aperfeiçoadora dos produtos químicios para bailes e carnavais. Quando Cassandra passava em locais públicos ou festas, todos corriam atrás da bela jovem e pediam:
Quero um frasco, quero um tubo. Na escola, a doutora formulava, estudava e aplicava em  alguns amigos cobaias, suas experiências alucinóginas.Cassandra dizia: Tenho tubo de framboesa, de damasco, de romã. Nunca Cassandra tinha sido tão cobiçada. Misturava os aromas como se tivesse fazendo a mais deliciosa refeição do mundo. Muito danada. Ela era muito danada.
 A nutricionista adorava também as artes cênicas. Pensava: O pulo das artes cênicas, a vestimenta chamativa, as luzes, a cor , a adrenalina, a música e repetia: a música tem que fazer parte do espetáculo. O público tem que experimentar as emoções que envolvem o momento da peça. Este é o meu novo pensar sobre o teatro. Eita! Cosmopolita.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Virgínia e a lata parte 47


Cassandra gostava e muito de elaborar poções do amor olhando a lua
 

  Agosto veio com o sabor da primavera de setembro. Os ventos frescos deram lugar ao sol suave e doce das manhãs primaveris. Cassandra, agora trancada em seu quarto-laboratório, observava tudo. Finalmente descobriu uma fórmula para o desfazemento da poção do amor que inventara para Carabino Prazeiroso. Pronto! Elvira, toda serelepe dizia: Cassinha, dra Cassinha, derrepentemente eu vou querer aprovar desta mistura milagrosa. Vai ver que Assumido Mechama Que Euvou num tenta uma gracinha com a minha pessoa... Concomitantemente... Eita mulher cosmoplolita essa Elvira. Ainda por cima uma pensadora para assuntos de poção do amor.Cassandra Violeta deu a poção a Carabino. Pronto! Fuortes Dores falava: E ahora? Quien bai a comere mi macarrom? Quien? Cassandrão não se fez de rogada e disse rapidamente: Non te preocupes, non te preocupes. Yo como tutti e tutti jorne. Putz!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Virgínia e a lata parte 46

Cassandra começou a falar sobre a transitividade do verbo remeter e falava: aquele cabelo me remete à moda de Luiz XIV. "Pronto! Lá vinha ela com esse homi de novo", resmungava a sua ajudante para encontrar passagens secretas nos banheiros das palestras e também conselheira de Malvino para assuntos femininos e  cosmopolita, Elvira.
 Cassandra dizia: Na dúvida, ponha a crase, ponha a crase.
Neste mesmo dia, dr Romero Ricardo foi assistir à aula da professora doutora, cosmopolita e mulher dele, Cassandra Violeta. Romero levou Violetina Ricarda. Pronto!
Ninguém mais queria ouvir as palavras da dra Cassa; apenas queriam ver e se apaixonar pela pequena cadelinha despudorada, segundo Elvira. Romero Ricardo aproveitou a atenção dispensada à Violetinha e começou a falar sobre as cirurgias complicadas dentro do processo de aceleração dos hormônios da mulher. Eita! Pronto.

Colar que Cassandra Violeta ganhou de Luz Del Fuego. Eita!
 Cassandra fez de um tudo no palco. Cantou músicas de Elvis com Mata Fuego, dançou o  frevo com Luz Del  Fuego, a prima de Mata e também ajudante para amostramentos no palco de dra Cassa, e fez movimentos acrobáticos. Acreditava nos movimentos acrobáticos e na oxigenação do pensamento. Nada aconteceu. Dr Romero continuava a falar e o jeito foi se sentar e escutar  a palestra do marido que já sabia de cor. Pronto. Cassandra agora começou a dublar o marido. Agora todo mundo ficou olhando pra ela. Eita Mujer cosmopolitona!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Virgínia e a lata parte 44


Cassandra gostava e muito do século XII

Cassandra depois de se amostrar com os poemas e de cantarolar a música de Lenine, Aquilo Que Dá no Coração, falava da Arca de Noé. Esta mulher é imprevisível, dizia Mata Fuego dentro do recinto das palestras.

Virgínia e a lata parte 43

Pronto! Agora Cassandra falava em alto e bom tom: "Quem beija meu filho, adoça minha boca". Nas palestras com o povo do estrangeiro, a doutora nutricionista e cabelereira podia falar deste jeito. Ainda não tinha chegado aos ouvidos da platéia a história do nome do Malvino e desta forma, Cassandra Violeta se sentia realizada. Continuava falando : "Posso seguir confortavelmente de peito aberto? De peito aberto."
Ela se tornava cada vez mais  uma mulher cosmopolita quando repetia: "nas ótimas condições de pressão e temperatura..." Eita!
A doutora nutricionista não se fez de rogada e começou a declamar um poema de Viviane Mosé :
 O tempo andou rasgando meu rosto
 com uma navalha fina
sem raiva nem rancor
o tempo riscou meu rosto
com calma.
Na platéia, o reboliço foi grande. Cassandra além de nutricionista, cabelereira e cosmopolita, era também  amostrada. E muito, viu?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Virginia e a lata parte 42 O Feitiço de Áquila obs: à noite... com crase

 Pronto. Durante os intervalos das palestras ou do consultório,Cassandra  visitava Violetinha Ricarda, sua cadelinha, segundo Elvira, despudorada. Era um amor sem fronteiras este  o de Cassa por Violetinha. Retomava o fôlego e durante a palestra da tarde relembrava a lenda de uma bonita história de amor do século XII: O feitiço de Áquila. Além de ser amiga da jornalista Mata Fuego, de ser bonita e cosmopolita, Cassandra também era romântica e gostava do século XIV, do século XII, etc. Eita! Elvira dizia: dra Cassa gosta e muito do homem da pessoa de Luiz Chiv(XIV). Parece até que tá apaixonada pelo cabra. Eita! Elvira também gostava de falar "eita". Aprendera com a retratista Evitita, irmã gêmea da também retratista e pensadora sobre assuntos  do campo cosmopolita, Evanita.
Cassandra Violeta dizia: Apenas em um pequeno lapso do tempo eles se encontrariam; apenas assim. E falava que durante o dia a bela Isabeau se transformava em falcão e a noite, o amado, em lobo. Estariam sempre separados pelo tempo. O tempo agora os fariam prisioneiros deles mesmos. Pronto! Todo mundo começou a chorar. Alguns gritavam: "Cassa, escreve um livro, escreve um livro..."

terça-feira, 26 de julho de 2011

Virgínia e a lata parte 45

Cassandra agora falava sobre o Cruzeiro do Sul: O Cruzeiro do Sul reina em silêncio nas solidões geladas  do pólo austral, onde o navio caminha com mil receios. Eita! Cassandra sempre cosmopolita, com desejos de bons fluidos...

Virgínia e a lata parte 41

O giroscópio de Foucalt
Mielita também gostava de se aperfeiçoar na arte da cosmologia universal. Todas as quartas feiras, acompanhava Cassandra Violeta em cursos de misticismo e envolvimento espiritual. Desta vez, Mielita foi só. Cassandra tinha compromisso:  estava no consultório da dentista. Revisão, ela adora revisar os dentes pelo menos, a cada 3 meses. Mielita refletia sobre o giroscópio e pensava: Passada uma hora, observo o desvio do pêndulo superior a 11 graus. A oscilação do pêndulo é invariável; invariável, repetia Mielita, a nutricionista, cortadora de cabelos e lavadora de calçadas de salão de beleza.

Virgínia e a lata parte 40


Enquanto Cassandra era atendida  na dentista ,mostrava a constelação da Torre Eiffel para a amiga Giovenita
 A barriga da dra Cassandra roncava enquanto estava de boca aberta na dentista, amiga e ouvinte das palestras, dra Giovenita Arrudez. Cassandra não suportava dentistas, porque deste modo não poderia falar. Presa, por pelo menos 55 minutos, Cassandra murmurava:  Hum hum hum. Giovenita detestava as visitas de Cassandra ao consultório . E a dra Cassa resmungava com um sugador de baba  na boca : -Os  quatro pontos da esfera celeste; muitas estrelas têm nomes especias. Algumas são designadas pelas letras do alfabeto grego e continuava: Alfa, com seu brilho decrescente; gama não apresenta nenhuma semelhança com as outras...Giovenita tinha que aguentar aquela falação e perguntatório todo da mulher cosmopolita. A dentista se lembrava de Dr Romero Ricardo e dizia: Cassandra, só te atendo por causa da mercedez, viu? Romero Ricardo falava para todos os amigos: Cassandrinha não tem um carro; tem uma mercedez. Eita!











quinta-feira, 21 de julho de 2011

Virgínia e a lata parte 39



A cruz que Cassandra carregava era o nome de Malvino. Eita cabra complicado! Bonito, loiro, porém, complicadíssimo.
 

terça-feira, 19 de julho de 2011

Virgínia e a lata 38


Gato abaixo e à direita assistindo à palestra de Cassa 

Gato já quase dormindo após o amostramento da Dra Cassandra Violeta

 Cassandra chamou a retratista Evanita para acompanhá-la em algumas viagens para registrar o semblante das pessoas durante as palestras... Evanita se distraiu...

terça-feira, 12 de julho de 2011

Virgínia e a lata parte 37

Pronto. Luz Del Fuego nem um ovo sabia fritar. Sabia apenas lavrar pratos.Podia não ter nada na geladeira, mas os pratos, ela fazia questão de lavá-los.Os amigos chegavam para lanchar, abriam a geladeira e nada, nadinha. Luz Del Fuego batia no peito com um orgulho só e dizia: Lavo quantos pratos quiserem. Mesmo assim queria ser ajudante da famosíssima nutricionista cabelereira, dra Cassandra. Durante a palestra, a moça alta, exótica, desfilava de luvas exibindo a fotografia da cobra que dra Cassa havia copiado na sua compacta impressora antes do segundo tempo da  partida entre a  Costa Rica e Argentina. Cassandra, desta vez,  gostou e muito dos cabelos dos argentinos, da camisa, mas o seu  critério de escolha mudou. Escolheria desta vez pelo bigode. Pronto. Escolheu a Costa Rica. El Bigdon, o técnico, foi o motivo do seu palpite. Ela dizia: "Quem ganha é a Costa Rica, quem ganha é ela. Perdeu e Bigodon e Cassandra ficaram arrasados.

sábado, 9 de julho de 2011

Virgínia e a lata parte 36

Elvira chegou. Aprendeu outra palvara que achava mais bonita do que "derepentemente" : Concomitantemente. Pronto. Ela era a encarregada de encontrar passagens secretas nos banheiros dos locais dos eventos em que Cassandra Violeta se apresentaria. Entrou na casa de baño e encontrou   Luz Del Fuego com uma foto de uma serpente que Cassandra Violeta tinha acabado de imprimir. Sim, porque mesmo no banheiro, assistindo aos jogos da Copa América, ela era tecnológica. As duas sorriam e Cassandra dizia: "Pronto, usted já tiene una cobrita. Ahora vamo nos apressar porque a partida non tarda a começare". E perguntava a Elvira, sua ajudante para descobertas de passagens secretas em banheiros e conselheira de Malvino para assuntos femininos e cosmopolita: "Você trouxe o que eu pedi? Você trouxe?" E Elvira toda "ancha" repondia: "Pronto.  Concomitantemente tá tudo aqui". A dra Cassa não conseguia assistir aos jogos sem antes decorar o hino de cada país. Isto mesmo: decorar. Desta vez, não tinha legenda. Na Copa América não tinha legenda. Ela cantava com os rapazes, fazia leitura labial, observava quem estava chupando chicletes e qual a textura dos cabelos dos meninos. Dra Cassandra Violeta escolhia para qual time torcer pelo hino, pela camisa e pelos cortes de cabelos dos jogadores. Uma mulher completamente cosmopolita. Cosmopolitíssima.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Virgínia e a lata parte 35

 O matemático e também elaborador dos cardápios do trailer de  Margarita Del Tiro, Concito Miguelito chegou a um  café famossímo para se encontrar com as amigas:  Mielita, a  nutricionista e lavadora de entradas de salão de beleza utilizando ácido muriático;Graciana, a dona de  um estabelecimento e amiga de Ieda de Sanchez, uma espanhola baixinha e  jornalista que falava pra dentro e ninguém escutava; e a retratista e nova amiga da espanhola que falava para dentro, Evitita. Antes do encontro no café, Graciana e Evitita encontraram a espanholinha fazendo compras.Apesar de  terem avisado que estavam atrasadas para um café, Ieda de Sanchez não parava de falar( pra dentro). Evitita se curvava para ouvir e repetia para a jornalista: "Eu tenho um blog, eu tenho um blog". Mesmo assim, De Sanchez se fazia de rogada e continuava tagarelando e olhando para Graciana que ria e dava gargalhadas com a conversa como se estivesse escutando alguma coisa. Castoro, o novo amigo de Concito também foi. Chegou atrasado e foi logo dizendo  mordendo e  mostrando a língua: "Tava no dentista e minha língua tá mole.Tô parecendo o paquerador de Mielita e Prisca, Meninito, el chupador de carocito de manga".

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Virgínia e a lata parte 34

Eleonra não se fazia de rogada. Era uma mulher alta que usava constantemente bobs nos cabelos e depois, um laquê. Ruiva, mulher "inxirida" e de cabelos altos, fixados com laquê de aerosol, quando podia, se  metia na vida de todos os vizinhos. Certa vez, dr Romero Ricardo estava fazendo uma pequena reforma no seu apartamento e aquele movimento todo de entra e sai despertou a curisidade de Eleonora.Ela dizia : "Deve estar construindo uma piscina. Isto eu não vou deixar". Criou coragem e bateu à porta de dr Romero  e na qualidade de síndica  foi logo dizendo:  Eu vou entrar, hein? Preciso saber imediatamente o que acontece aqui dentro. Dr Romero então respondeu: Só entra se pagar, só entra se pagar, sua cabelo de 30cm de altura. Se não se aguenta na escola, então não se matricule. Eita

terça-feira, 5 de julho de 2011

Virgínia e a lata parte 33

Enquanto Cassandra ministrava sua palestra via video conferência, do banheiro, Malvino ainda no Rio de Janeiro, se engraçava com um cortador de unhas da nova amiga da mãe, a prima de Luz Del Fuego e Fuertos Dores, a jornalista Mata Fuego. Empolgado, dizia: Quero um, quero um. Entretanto, Elvira, bastante observadora e analisadora das coisas de Malvino, comentava baixinho:"Derepentemente este utensílio é verdadeiramente um utensílio de mulher. Evidentemente vão te duvidar do gosto pela coisa, tu entende?" Elvira era a consultora de Malvino quando ele perdia controle pelos objetos femininos. Mata Fogo prometera a Cassandra Violeta, a foto do cortador de unhas para ilustrar suas palestras.Mas esquecera.
Cassandra, dentro do banheiro, não conseguia de jeito nenhum,assistir ao jogo.Eram tantas perguntas e pedidos para que ela se retirasse do cuarto de baño, que ela soltou uma frase que iria abalar a circunferência do evento: Só um ingênuo no amor não acredita que trair faz parte da condição humana.Pronto. Neste momento, chega ao salão de baño, Luz Del Fuego, a nova amiga e ajudante da dra Cassa. Cassandra perguntou: Tu possues una serpiente? una culebra? Luz Del Fogo abraçou-se a Cassandra e sussurrou em seu ouvido: pergunta despues, pergunta-me mais adelante.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Virgínia e a lata parte 32

Cassandra Violeta, a aficionada por futebol, não perdia uma partida. Podia estar em um restaurante, no trânsito ou mesmo durante suas palestras internacionais, ela as interrompia e corria para o banheiro. Dizia: Estoy a hacer um tratamiento de piele.Protejo mi piele del sol e non puede me exposere a la tempetaruras superiores a 50 graus. Putz!Ninguém entendia nada. Uma mulher alta, esguia, 1,81m correndo por entre as cadeiras do auditório.Eram exatos 46 min que ficava trancada e todos do lado de fora gritavam: Doctor Cassandran,doctor Cassandran,fuera imediatamente.Para usted, quieremos un lugare especiale. Per favore, per favore.Não adiantava.Para o segundo tempo, a história era outra.Gravara uma video conferencia e dali, do banheiro, controlava as falas e perguntas. Dizia: Perguntem despues.Vamo mantenere fuera del alcance de los ninos estas observaciones.Preocupemo-nos com a capa de ozono.Ai!

Virgínia e a lata parte 31

Margarita Del Tiro costumava chamar a dra Cassa, na intimidade, de Cassandrão.Eita! Quando as duas se juntavam para formar o cardápio do trailer de Del Tiro era uma loucura: Hamburguer de alface; alface com banana; pimenta e gergelim. Saía muito  de pimenta com gergelim.
 Sim, porque a robusta amiga loira e motoqueira de Cassandrão possuia uma pequena lanchonete móvel. Para cada palestra de Cassandra, um estacionamento fixo. Mas o saboroso sanduíche não tinha nada de carne. De jeito nenhum. Apenas carne no nome. Cassandrão aderiu às receitas naturais.Era uma mulher cosmopolita, porém, não comia carnes. Jamais. Para ajudar no cardápio da motoqueira forte que quando bebia,  dançava e ficava nua no sofá da casa da irmã, convidou também, o matemático Concito Miguelito.Ela adorava as combinações dos pães e dizia: Adoro as probabilidades, as análises combinatórias. Del Tiro era uma mulher entendidíssima da matemática moderna.

domingo, 3 de julho de 2011

Virgínia e a lata parte 30

Enquanto Cassandra formulava temas interessantes para suas palestras, Malvino Cassandra, tentava dormir um pouco. Ele acreditava nas poucas horas da tarde e no efeito pele saudável.Coisas de Cassandra. Malvino não conseguia dormir porque era calorentíssimo e o ar refrigerado parecia  não funcionar.Foi quando  resolveu ligar para o atendente da recepção, Miguel, el gato do mato; Miguelito, como era chamado pelo médico Paulito Galvonez   e pelo amigo  jornalista Maricarlos Terceiro, hospedados ao lado de Malvino .Migueleito já não aguentava mais as ligações de Mal. O espanhol com peito de pombo contava:Esta eres a trinta e ses vez que el garoton do quarto 1701 me liga para perguntare da calefacion.Quase o número de namorados de Cassandra.Malvino não sabia deste número. Apenas uma pessoa conhecia: a amiga íntima de dra Cassa, Margarita Del Tiro. Malvino dizia: Joy tornei el boton pretito para derecha, despois para esquierda e niente. Tudo es calore. Foi então que Miguell respondeu irritado: Abre la ventana, abre la ventana. Eita

sábado, 2 de julho de 2011

Virgínia e a lata parte 29

Cassandra continuava sua palestra agora falando dos animais, mas especificamente das pulgas:"De certo tudo é bastante relativo. Posso afirmar que houve pessoas curiosíssimas em Paris que viram há anos um jovem amante de pulgas conseguir obrigar algumas destas pulgas  a realizar exercícios singulares, como puxar uma carroça a Luiz XIV". Todos na platéia  ficavam cada vez mais  atraídos por Cassa. Agora  Cassandra se empolgou e comentou sobre uma mulher interessantíssima que trabalhava medindo a estatura dos homens e dos cavalo:É possível que haja mundos em que a estatura dos homens e cavalos não vá além dessa. Eita. A analogia da moça causou frisson no público. Muitos gritavam: Bravo!A dra Cassa desta vez se superou.

Virgínia e a lata parte 28


Trancada em seu quarto de hotel, mas precisamente no 20 andar de um luxuoso hotel, cuja diária apenas dr Romero Ricardo sabia, Cassandra preparava mais uma fórmula para o desfazemento da poção de Carabino Prazeiroso. Eita.!Quantas ervas, e tentativas e erros. Cassandra se empolgava e varava a noite. Mas também não poderia se esquecer da palestra do dia seguinte. Ela pensava: Ah! Vou falar sobre a terra sentada no centro do mundo e a mitologia dos planetas no tempo de Luiz XIV. Todos iriam adorar tal tema porque dra Cassa faria uma associação com a engenharia genética e a manipulação das informações contidas no código genético. Esse tipo de coisa, como alimentos modificados e Luiz XIV interessavam e muito os ouvintes. Certa vez, Cassandra  Violeta tratou de um assunto parecido e foi aplaudida de pé.

A terra no centro

Virgínia e a lata parte 27

O sol do Rio de Janeiro fez muito bem à pele de Cassandra. Ela aproveitava para utilizar os novos creme protetores e fechadores de poros. Queria que sua pele ficasse linda.Enquanto isso, Malvino se entrosava com as primas de Fuertes Dores. Sim, este era o nome correto de Dores Fuertes.Alguém também tinha trocado a ordem do seu nome. Malvino ficou impressionado com Mata Fuego e Luz Del Fuego. Putz!
Todas queriam conhecer Cassandra Violeta. Neste momento, Cassa relembrava os 38 namorados que tivera quando jovem e contava: ...trinta seete, trinta oitcho. Fuertes e Carabino ficaram desconfiados com a contagem de dra Cassa e resolveram perguntar: Dra, trinta oitcho, o que?
Cassandra jamais confessaria um número desses para os seus acompanhantes. Elvira também foi. Mas queria mesmo era conhecer São Paulo, especificamente, a rua 25 de março. Porém, Elvira era uma mulher cosmopolita e aprendia a língua inglesa só para dizer aos amigos que tinha conhecido a twenty five. Que mulher estrangeira, essa Elvira!
Carabino nem imaginava o que esperava pela frente. Ele só queria mesmo era comer o"macarrom" de Fuertes. E chamava a esposa pedindo a refeição : "Pero que sim, pero que nom, joy quiero comer tu macarrom. Com mojo."
 Fuertes estava entretida assistindo ao seu filme preferido, Ata-me, com Mata e Luz e decoravam as cenas da mãe do assissino vendendo o sabão em pó, Esse Omo. Parece mentira...

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Virgínia e a lata parte 26

Agora Cassandra preparava  a mala para sua viagem ao Rio de Janeiro. Malvino sempre acompanhava a mãe nestes eventos extras de que Cassa participava. Apenas os dois. Ninguém mais. Romero Ricardo acreditava na afinidade de Cassandra e Malvino,porém existia um motivo maior do que a própria afinidade: o nome de Malvino. Malvino Cassandra. Pronto.É isso mesmo : Malvino Cassandra. Depois que se descobriu como gente não podia tolerar ser chamado de Malvino Cassandra. O escrivão neste dia tinha bebido um pouco da poção do amor que a própria Cassandra tinha inventado.Ela dizia: não falha nunca.Realmente não falhou,pois Carabino Prazeiroso conseguiu finalmente namorar com a mexicana Dores Fuertes de Barrigona. Mas a mão de Carabino falhou. Isso Cassandra jamais perdoaria. Durante muito tempo os colegas de Malvino o chamavam de Cassandra e gritavam: Cassandra, seus cabelos são lindos; Cassandra, sua roupa está amassada. Eita. Tinha que ser muito homem para aguentar. Romero Ricardo nunca desconfiou do nome errado do filho. Era um deslumbrado com o mundo acadêmico e não percebia o grande erro de Carabino. Até cumprimentava o mão-de-maria -mole. Era assim que Cassandra o chamava. E dr Romero sempre perguntava: Como vai dona Barrigona?
E durante anos Malvino e Cassandra viajavam para o Rio de Janeiro para desfazer a poção de amor de Carabino. Lá encontrariam as ervas necessárias para  desfazemento da fórmula.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Virgínia e a lata parte 25

Completamente destemperada das idéias, dizia: meus pensamentos, as minhas idéias vêm da minha cabeça. Eita.Foi a jujuba, disse Elvira, assim que soube  do ocorrido. E refletia: derepentemente foi o escapulamento da dotora que fez ela correr daquele perguntatório todo que deixou a bichinha assim.Quando Cassa ficava desse jeito, ela corria para o esconderijo do chocolate com 90% de cacau. Só comia chocolate amargo com 90%.  Se tivesse 60%, não comia. Quanto a isso era rigorosa. Dr Romero jamais desconfiou dos chocolates de Cassandra. Agora o professsor doutor; sim, porque dr Romero também ensinava na faculdade quando tinha tempo. Adora o seu lado acadêmico. A matéria de que mais gostava  de lecionar era as cirurgias complicadas dentro do processo de aceleração dos hormônios da mulher. Eita! Pronto.

Virgínia e a lata parte 24

Romero Ricardo não era homem de resolver problemas pessoais dentro do consultório. Cassandra sabia disso. Mas naquele momento atormentava na cabeça da nutricionista cabelereira o problema de Malvino. Para disfarçar,  a professora doutora Cassandra Violeta inventou qualquer coisa que lhe veio à cabeça: "Tenho uma receita facílima de bolo de milho que aprendi recentemente com uma amiga jornalista." E continuou: "Até você, Romero, pode cozinhar. Agora acredito nos homens na cozinha." Cassandra começou a explicar o modo de fazer: primeiro você pega a manteiga e separa; os ovos e separa; o leite e separa; pega logo todos os ingredientes e bate tudo no liquidificador. Pronto, tá feito. Dr Romero Ricardo não acreditou no que estava acontecendo e pensou: será que Cassandrinha está com algum problema mental?
Olhou para a esposa e recomendou: Cassandrinha, que tal fazer suas próximas palestras no estrangeiro?
Ele acreditava que os ares do estrangeiro poderiam fazer bem à esposa. Ele só ficou  muito desconfiado depois que viu a doutora comer quase todas as jujubas de forma suspeita. Cassandra, agora, não tinha outra opção a não ser viajar.

Virgínia e a lata parte 23

Cassandra estava aflita. Precisava conversar com dr Romero Ricardo. O que fazer com Malvino? Enquanto esperava no consultório de Romero Ricardo para falar com o  marido, comia todas as jujubas roxas do potinho de vidro.Aproveitava  a distração da atendente e roubava uma a uma as gominhas roxas. Ela era viciada em jujubas coloridas. 10 minutos e nada de ser recebida pelo marido. Não tinha problema, pois as jujubas estavam ali à sua disposição. Finalmente Romero Ricardo recebeu a esposa: "Querida, vamos entrar". Dr Romero sabia da disposição de Cassandra Violeta de comer jujubas roxas, e perguntou: Cassandrinha, vc comeu muitas jujubas enquanto esperava? "Não, não muitas". Estava mentindo. Dr Romero tinha instalado naquela semana uma camera filmadora e esquecera de comentar com a mulher. Observava tudo enquanto atendia a paciente. Ele sabia que a mulher estava mentindo.

Virgínia e a lata parte 22

Cassandra resolveu conversar com Malvino: meu filho, hoje irei falar sobre a atividade física nas mulheres no climatério e a fisiologia gastrointestinal e sobre seu casamento. Por que o casamento de Malvino era importante para as mulheres no climatério? Malvino ficou gelado.
Virgínia tinha aceitado se casar com o galã. Aconteceu naquela noite mesmo do prazo que Virgínia tinha estipulado para Malvino. Trocaram alianças, beberam, sorriram e se animaram em falar sobre casamento. Parecia que Virgínia tinha esquecido de vez de Raquel. Malvino estava contentíssimo. Caixa de bombom guardada, beijos e lembranças dos 3 anos de convivência com um dos rapazes mais cobiçados da sociedade pernambucana. É, porque o outro cobiçado era o irmão mais novo de Malvino, Cassandro Violeto.

Virgínia e a lata parte 21

Durante o café da manhã, Cassandra ruminava sobre as próximas palestras semanais. Pensava em temas complexos e também nas receitas que ela apresentaria durante o evento. Receitas, sim, porque elaborações, apenas dra Cassa sabia fazer. Ela respirava café. Achava que o café estimularia os pensamentos e só assim ela poderia formular o texto e slides. Acordava, tomava café; ruminava, tomava café ; respirava, tomava café. Dr Romero Ricardo é quem mais  sabia disso.
O consultório de Dra Cassandra Violeta vivia cheio. Era longa a fila de espera para se consultar com a mãe de Malvino. Na sala de espera, todos comentavam baixinho: Qual será a nova elaboração de Cassandra?
Qual a receita para perder a barriga, e  qual o nome de Malvino. Havia até um balcão de apostas.Alguns apostavam que ele se chamava Malvino Adorado Beterraba, Malvino Céu Azul Brilhando na Terra das Pitombeiras, Malvino Abraços e Beijos do Amor, Malvino Ai Caramba, Malvino a Cara do Pai e da Mãe. E  assim a tarde passava, enquanto as apostas eram feitas.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Virgínia e a lata parte 20

A Ursa Maior.Ela recomeçou sua fala deste jeito. Contava e desenhava as 7 estrelas desta magnífica constelação.Adorava também o antigo zodíaco  indiano.Para Cassa, indicava sorte, muita sorte. Mudanças nas finanças, restaurações no campo afetivo e também renovação no amor. Tudo que fosse relativo ao amor intrigava e estimulava Cassandra: Signos, intuições, pedras, misticismo, encontros fortuitos. Esta mulher era pura sensibilidade. E para finalizar o encontro quase fatal para Malvino, Cassa comentava sobre seus cabelos. Ela só usava o shampoo de Violetinha . Shampoo e condicionador. E todos perguntavam: quantas vezes por semana  a senhora lava os cabelos? É shampoo de guaraná? Quantas perguntas para Cassandra Violeta responder.

Virgínia e a lata parte 19

Pronto. Cassandra combinou com as mulheres histéricas dentro do banheiro que falaria apenas para elas, a fórmula secreta das idas ao banheiro sem deixar aromas. Esta fórmula é secretíssima. Cassandra comentava e sorria após ter saído da latrina. E todas, abismadas, pasmas, perguntaram: Cadê o cheiro? Cadê o odor?
Cassandra gargalhava e rodopiava pelo banheiro exibindo os passos de balet que aprendera quando criança.
Todas ficavam impressionadas com Cassa.
Foi então que a saltitante mulher confessou a fórmula, porém, com uma condição: Que não lembrassem do nome de Malvino. Todas concordaram e voltaram para a platéia sorrindo e dizendo para todas: Ahahahah!
Esqueçam, esqueçam. Nada de mais o nome de Malvino.Neste instante, Cassandra apresentou alguns slides do zodíaco. Iria dar lições de cosmografia.


Lições de cosmografia
 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Virgínia e a lata parte 18

Cassandra resolveu então correr para o  banheiro. Imaginem todos do palco correndo atrás de Cassa, gritando: pega, pega a dra Cassa. A nutricionista  famosíssima finalmente  conseguiu se trancar. Chegou primeiro do que todos. Mas não sabia ela que já havia gente trancada no toalete esperando pela palestrante.
Ela estava perdida, muito perdida, mas a dra tinha uma carta na mão.Sabia do truque de ir ao banheiro sem deixar rastro, nenhum cheiro.Nada. Foram anos e anos de estudos e experiências . Ela bebia todas as noites, uma colher de vinagre de maçã escondida do dr Romero Ricardo. Depois escovava os dentes com a canela em pau. Adorava canela. Usava fita dental de canela, pasta dental de canela, café com canela... tudo, tudo com canela. Acordava e ia ao banheiro e dr Romero comentava: Que perfume de flores! Ele realmente era apaixonado pela dra Cassandra.

Virgínia e a lata parte 17

A situação já estava fora de controle e piorou quando Malvino surgiu no evento. Todos ficaram paralisados ao avistar o belo jovem de pernas finas. Algumas mulheres susurravam: Malvino, Malvino. Neste momento, Cassa se viu encurralada e começou a falar sobre os anéis de Saturno:  que os anéis não passavam de um efeito de reflexão sobre as superfícieis convergentes. Os anéis eram compostos de duas zonas; a exterior sombria e a interior, mais clara. Ela repetia: o anel é mais luminoso que o planeta, o anel é mais luminoso. Pronto, este era o aviso para  que Malvino saísse imediatamente da sala.

domingo, 19 de junho de 2011

Virgínia e a lata parte 16

Cassandra mudou de assunto: "Eu corto cabelos, eu corto. Sou eu o próprio Edward , mãos de tesoura", gritava a entusiasmada nutricionista cabelereira, enquanto mostrava a foto de Edward, em ótima resolução para o seu público. Mas mesmo assim, a paltéia se inquietava nas cadeira confortávéis do teatro. O nome  de Malvino parecia ser mais interessante naquele momento do que qualquer outro assunto capilar, filosófico ou nutricional

Virgínia e a lata parte 15

Dra Cassandra Violeta também gostava de falar da sua cachorrinha, Violetinha Ricarda, durante as suas palestras semanais.Comentava sempre que Violetinha comia sempre uma refeição balanceada, com ômega 3, ômega 6. Essas coisas que uma cachorinha deveria comer, segundo Cassandra. A própria Cassa preparava. Violetinha, só não gostava quando Cassandra Violeta lhe comprava vestidos. Apenas lacinhos de cabeça interessavam a pequena cadelinha. Elvira, a ajudante engraçada de dra Cassa, dizia sempre que Violetinha era uma despudorada. Ela dizia: Derepentemente, Violetinha é uma cadela despudoradíssima. Não sei por quê Elvira também gostava de falar difícil. Talvez fosse a influência de Malvino.
Em todas  as palestra, havia uma pergunta que nunca no Brasil queria se calar: "Qual o nome completo de Malvino?"
Cassandra respirava fundo, tentava entrar com assuntos como a importância do metabolismo do corpo e da combustão para a queima de gorduras, mas mesmo assim, os ouvintes insistiam: "O nome, queremos o nome."

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Virgínia e a lata parte 14

Dra Cassandra Violeta ministrava palestras todas as sexta-feiras do mês, menos nas sextas feiras 13. Isso não. Acreditava que culinária e  sexta 13 não combinavam. Sempre começava sua palestra falando assim: Queridos amigos, hoje vamos aprender sobre tal vitamina.É chique no último bater laranjas com couve, beber um pouco de vinho durante a preparação de um prato principal... Todos ficavam boquiabertos com tanta desenvoltura da dra Cassa. Ela era uma mulher da culinária moderna. Ah! ela nunca, mas nunca se esquecia de citar Elvira em suas falas: "A minha ajudante Elvira, a louca do Q-suco, sempre disposta a experimentar e aprovar todas as minhas elaborações".Os leigos perguntavam: elaborações? É. A dra Cassa jamais diria as minhas receitas, e sim, minhas elaborações. Acha chique

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Virgínia e a lata parte 13

O pai de Malvino, o dr Romero Ricardo era um dos médicos mais renomados da redondeza. Escolhera a ginecologia como especialização. De presente, trouxe pra Malvino, da sua terceira lua-de-mel com a dra Cassandra Violeta,  um porta whisky muito interessante. O objeto deveria ser montado com o contador de dose voltado para baixo, como se fosse uma choperia. Dr Romero Ricardo ( o nome duplo era comum antigamente) casou-se com Cassa( gostava de ser chamada assim) desde adolescente. Tiveram 5 filhos. Malvino era o do meio.Para o jantar, dra Cassandra, nutricionista conhecidíssima na sociedade pelas palestras e  trabalhos voluntários preparou tapiocas com alface. Ela sempre inventava pratos desta natureza.A sua ajudante, a engraçada  senhora Elvira, sempre dava pitaco nos pratos da patroa e dizia em tom alto:" A senhora pode ser "douttoura" da cozinha, com "niver" superior e tal, mas eu "tumbém" sei cozinhar por demais. Meus prato é do bom."  Malvino adorava esta culinária.
 Como seu pai sabia que o rapaz era dado a amostramentos, ele resolveu comprar aquele presente. Imagina o cabra saltando pela sala, fazendo estrela e por fim, bebendo a sua dose de whisky de cabeça pra baixo. Eita. Cabra "homi".

terça-feira, 14 de junho de 2011

Virgínia e a lata parte 12

O café de Malvino era sem açucar. Ele o bebia sem açucar. Achava que homem que é homem bebia puro, amargo e forte. Ele dizia: Açucar é coisa de mulher. Toda vez que um garçom ia servir a bebida, perguntava: açucar ou adoçante para a senhorita?A resposta  era mesma. Sempre: Adoçante para nao engordar.Mulheres são assim mesmo,pensava Malvino, então, nas mulheres.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Virgínia e a lata pate 11

Malvino sim sabia aproveitar a vida. Gostava de ir a pé para a academia. Sentia-se livre, principalmente porque o vento tocava o seu rosto e podia desfrutar dos primeiros raios da manhã. Considerava-se um sujeito de sorte. Enquanto percorria meia quadra até chegar à academia cantarolava as músicas de menino que ele recordava: "1,2,3, saco de farinha, 4,5,6, saco de feijão. Trabalhando dona formiguinha vai aos poucos enchendo o seu porão". Fazia parte da coleção de Disquinhos( aqueles coloridos acompanhados de slides pra fazer cineminha). Malvino tinha todos e também um projetor. Adorava a sessão de cinema que acontecia aos sábados para os seus coleguinhas.O  de  que mais gostava era A formiga e a cigarra. E no caminho da academia cantoralova e até desejava pular amarelinha. Existia ainda marcas de giz desenhado no chão, porém, não achou conveniente um homem de quase 1,90m saltar na rua. Não ficaria bem para um rapaz fino. Mas voltando, o disco preferido era o  cor de rosa; aliás, Malvino tinha sempre um acessório rosa para compor o seu visual de homem moderno. Ora um lenço, ora uma camisa e por muitas vezes, meias. Assim ele poderia usar sem chamar muito a atenção. Virgínia mesmo tinha lhe dado dois pares, um mais escuro, outro mais claro. E advinhe qual ele usava mais? Homi todo

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Virgínia e a lata parte 10

Os  ventos de agosto tinham se antecipado. Malvino não se incomodava com o tempo, ou com a mulher do tempo. Meteorologistas afirmavam que era mais uma frente fria. Lembrava os médicos que generalizam uma gripe. É virose, a sua noiva está com virose. Virgínia havia dito que já sabia o que queria, mas que ele aguardasse a reposta para logo mais à noite. Enquanto isso, Malvino decorava a série de musculação. Praticamente já sabia de cor: 4x8,com carga máxima, no voador, flexão, 4x8 no supino, 4x8 no supino invertido, 4x8 no crucifixo...Depois um relaxamento no ofurô, lavar os cabelos com o novo shampoo para cabelos normais, um pouco de condicionador (prá não dizer creme rinse). Ele jamais diria creme rinse...Cabra macho.

Virgínia e a lata parte 9

Saneamento básico. Ele pensava constantemente na drenagem e no saneamento da cidade. Engenheiro do Saneamento. Malvino já se imaginava no pulpito discursando para os formandos e colegas de sala. E lembrava aos amigos que houve uma época em que as pessoas jogavam a urina pela janela para não sujar a casa. Imaginava-se, então, caminhando com Virgínia. Ele de fraque e cartola e ela com um espartilho de tirar o folego. Pensava sempre: sou um cavalheiro. E, passeando com a moça, posiciona-se sempre do lado de dentro da rua. Sim, porque se atirassem qualquer líquido, cairia em cima dele. Pensava: e se eu virar a cartola para cima? Assim, quando o líquido caisse, não respingaria na moça. Invenções de Malvino.Afinal ,ele agora era um engenheiro do sanemaento básico.Não se contentava e pensava dar umas voltas também com Juanito, o peito de pombo. Então era isso. Escovinha progressiva(apelido de Malvino na academia) e peito de pombo juntos, no lado interno da rua. Ele pensava e sorria.


quarta-feira, 8 de junho de 2011

Virgínia e a lata parte 8

Malvino tinha que seduzir a moça. Ficou por horas deitado igual a um donzela no sofá da casa de Virgínia. Na altura do campeonato, Virgínia já tomada pela decisão que tomara, resolveu anunciar sua resposta. Enquanto ela se preparava, o cabra sonhava com a nova série de musculação que deveria começar. Juanito era um professor exemplar. Tinha um peito de pombo de causar inveja.Alto,loiro e com peito de pombo. Malvino pensava: um dia ficarei igualzinho a Juanito. Ele fazia questão de pronunciar seu nome, quando um ou outro o chamava de forma errônea. Ele gritava : Ruanito, entenderam? Ruanito.Essa atitude de Malvino deixava a sua futura noiva perplexa. Ele sempre a deixava assim.Como se a noiva fosse o próprio Ruanito, o peitão de pombo.

terça-feira, 7 de junho de 2011

A lua e o agreste, uma fórmula simples para se apaixonar de vez

Virgínia e a lata parte 7

3 horas da tarde.Já se passaram 43 minutos e ainda nada da resposta de Virgínia. Ele, na qualidade de noivo, merecia uma resposta.Se Malvino fosse mulher, já teria dado tempo para uma maquiagem de casamento,ou para um evento social importante. Talvez quisesse adiar o espetáculo que Malvino iria fazer quando ouvisse um "não"; talvez ainda estivesse em dúvidas, afinal era um noivado firme, famílias conhecidas, aquela intimidade com cunhados, e essas coisas chatas que impedem uma pessoa fria de tomar uma decisão logo de primeira. E o impulso  realmente não fazia parte da vida de Virgínia.Mas naquele instante, todo o sentimento que envolve os enamorados tomou conta de Virgínia. O corpo todo treme. A pele, esta sim, queimava e muito só em pensar que poderia fiacar a sós com Raquel.Como uma mulher poderia causar tantos sentimentos que nunca sentira por Malvino ou qualquer outro rapaz?Alguns diriam que ela estava dominada, ou tomada por uma doença. Ridículo. Amar uma mulher é apenas amar e isso Virgínia sabia de letra. Ela amava as crianças, os animais, a natureza, os homens também e por que não uma mulher ? E bonita, viu? Raquel era bonita, tanto aqui no Brasil, quanto no exterior.

domingo, 5 de junho de 2011

Virgínia e a lata parte 6

Ele escolhera o dia errado para o noivado. Virgínia, agora, já estava extremamente encantada por Raquel, não suportava ouvir a voz de Malvino. Pobre rapaz... A dúvida seguia e Malvino muito inseguro, perguntou: Você gostaria de percorrer a Espanha comigo? Um sonho para Virgínia...Enquanto Malvino se admirava no espelho esperando a resposta, Vírgínia se apoquentava pela sala. Isso mesmo. Ela namorava na sala, como toda menina de família que se prezasse."Mai que raio de vai-e-vem é esse, essa menina?"Foi Belarmina quem primeiro observou a aflição da moça. Qual é o seu escopo? Lá vinha ele com todo aquele palavriado que cada vez mais deixava Virgínia perplexa. Pra que isso, meu filho? Isso não é coisa de homem sério que quer desposar uma mulher... Ela também era chegada a umas palavras não usuais. Normal para quem tinha Malvino como noivo.

sábado, 4 de junho de 2011

Virgínia e a lata parte 5

Mas que drama todo  foi esse? Malvino nem amava tanto assim. Orgulho, orgulho ferido. Um rapaz com tantas qualidades ser menosprezado pela namorada em plena semana em que ficaria noivo. Ele tinha comprado um par de alianças  e mandara embrulhar dentro de uma caixa de bombons. Criativo, né? Antes tivesse jogado as alianças em uma garrafa de champagne e depois da última taça, em um rompante, quebrasse a garrafa, pegasse com a boca e em meio ao pequeno corte misturado com   sangue , as cuspisse na mesa...

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Animal é tudo de bom. Vamos respeitar



Virgínia e a lata parte 4

Ele queria mesmo era diluir veneno em um pouco de água assim que soube do amor de Virgínia por Raquel...

Virgínia e a lata parte 3

Malvino, meu querido, exclamava o mais novo integrante da equipe de musculação do garoto. Garoto, sim. Tinha apenas 26 anos de idade e de experiência com mulheres, pelo menos 3. Conta certa para o tempo que passou com Virgínia entre beijos e abraços, e nada mais. Nunca fora um cara atrevido, pelo contrário, era fino, finíssimo. Homem de muitas palavras difíceis como espicaçar ( frigir). Imagine , então, aquele homem alto e forte falando: No espicaçar dos ovos... que coisa mais feia, hein? Mesmo assim, ele atraia muita atenção com todo aquele palavriado inadequado para certos horários....

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ganhar Dinheiro Ficou Fácil!

Ganhar Dinheiro Ficou Fácil!

Virgínia e a lata parte 2

Malvino não dava motivos. Nenhum. Apesar do curso de hotelaria render muitos bilhetinhos com afeto e outros, por que não dizer, mais assanhados. Na verdade, ele possuia certa estranheza no seu visual de galã. Não, ele não podia passear com bermudas. Só calças e ainda por cima, largas. As canelas de Malvino eram tão fininhas que seu apelido na academia de ginástica era sorvete. Vc entende, né? corpo largo e pernas finas, típico dos marombeiros de plantão que achavam que malhar a panturrilha era coisa de mulherzinha. Como se malhar a proeminência fosse coisa só de moças. Esquecera ele que às vezes era confundido com uma, de tanto perfume que derramava...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Virgínia e a lata

Virgínia naquele momento estava apaixonada por Raquel. Ela não tinha exatamente o perfil de uma mulher que pudesse se jogar por inteiro em uma relação. Preferia o vinho a dançar com Virginia. Eram poucas as vezes em que encontrávamos Raquel a mencionar o nome "Virgínia " com alguma forma de amor. Mas era o amor que Raquel sabia dar naquele momento. Virgínia não tinha qualquer intenção de esperar que ela se transformasse em borboleta, porém naquela noite, os olhos abertos e negros da mulher se espantaram ao cruzar a sala. Um grito anunciava as cenas do próximo capítulo: "Malvino chegou". Seu pai gritava: Malvino chegou. Como abraçar e se entregar a um homem que não mais a empolgava? Malvino, um rapaz fino com curso superior completo em hotelaria e hospedagem tinha cabelos de causar inveja a qualquer mulher que usasse chapinha. De tão escorrido, o cabra parecia até mulher.Os olhos castanhos clarinhos transtornavam as mulheres e por que não dizer, também os homens. Quantos homens enlouquecidos por um só sorriso, um só olhar de Malvino. Alguns até se atreviam a dizer palavras de amor e suspiravam. Vírginia não se aguentava de ciúmes. Teve um dia que ela até quis arriscar um bofetão na cara de um rapazola que passou a mão nos cabelos longos e lisos de Malvino. Como posso suportar isso? Como?