sexta-feira, 10 de junho de 2011

Virgínia e a lata pate 11

Malvino sim sabia aproveitar a vida. Gostava de ir a pé para a academia. Sentia-se livre, principalmente porque o vento tocava o seu rosto e podia desfrutar dos primeiros raios da manhã. Considerava-se um sujeito de sorte. Enquanto percorria meia quadra até chegar à academia cantarolava as músicas de menino que ele recordava: "1,2,3, saco de farinha, 4,5,6, saco de feijão. Trabalhando dona formiguinha vai aos poucos enchendo o seu porão". Fazia parte da coleção de Disquinhos( aqueles coloridos acompanhados de slides pra fazer cineminha). Malvino tinha todos e também um projetor. Adorava a sessão de cinema que acontecia aos sábados para os seus coleguinhas.O  de  que mais gostava era A formiga e a cigarra. E no caminho da academia cantoralova e até desejava pular amarelinha. Existia ainda marcas de giz desenhado no chão, porém, não achou conveniente um homem de quase 1,90m saltar na rua. Não ficaria bem para um rapaz fino. Mas voltando, o disco preferido era o  cor de rosa; aliás, Malvino tinha sempre um acessório rosa para compor o seu visual de homem moderno. Ora um lenço, ora uma camisa e por muitas vezes, meias. Assim ele poderia usar sem chamar muito a atenção. Virgínia mesmo tinha lhe dado dois pares, um mais escuro, outro mais claro. E advinhe qual ele usava mais? Homi todo